Los Angeles, 6 de maio de 2025 — A nova tecnologia de geração de vídeo por inteligência artificial da OpenAI, chamada Sora, está movimentando os bastidores de Hollywood. Apresentada recentemente a executivos de grandes estúdios, a ferramenta é capaz de criar cenas complexas em vídeo a partir de simples comandos de texto — algo que está sendo saudado como revolucionário por uns e alarmante por outros.
Sora foi mostrada em uma sessão privada que reuniu produtores, roteiristas e agentes de talentos. Segundo fontes do setor, os vídeos gerados impressionaram pela qualidade visual e narrativa, o que provocou uma mistura de empolgação e preocupação.
“A tecnologia é fascinante. Mas precisamos entender onde a criatividade humana se encaixa nesse novo cenário”, disse um produtor da Paramount Pictures, que participou da sessão e pediu anonimato.
Ética, empregos e autoria em debate
Além da empolgação tecnológica, a apresentação levantou questões éticas importantes: qual será o papel de roteiristas, diretores e atores se a IA puder assumir grande parte do processo criativo? Os sindicatos de Hollywood, como o WGA e o SAG-AFTRA, já pedem regulamentação imediata.
“Não é apenas sobre gerar imagens. É sobre controle cultural, autoria e trabalho. Precisamos de regras claras”, afirmou a roteirista Ava L. Morgan.
A OpenAI, por sua vez, declarou que seu objetivo não é substituir criativos, mas “oferecer ferramentas que expandam a imaginação humana”.
O futuro do cinema?
Especialistas acreditam que a IA poderá ser usada inicialmente para pré-visualizações, trailers, storyboards e até testes de roteiro. Mas o temor é que, com o avanço da tecnologia, filmes inteiros possam ser gerados sem intervenção humana.
A entrada da OpenAI em Hollywood marca um novo capítulo na relação entre arte e tecnologia — e promete redefinir os limites da criação audiovisual nas próximas décadas.