Após anos seguindo uma fórmula visual e narrativa que consolidou o Universo Cinematográfico Marvel como o maior sucesso da história do cinema moderno, o estúdio parece estar pronto para mudar. Com Thunderbolts*, previsto para chegar aos cinemas ainda em 2025, a Marvel Studios está adotando uma abordagem de marketing inesperada: uma estética inspirada no cinema independente.
A campanha promocional recente — que inclui trailers, teasers e pôsteres — apresenta uma identidade visual mais crua, intimista e psicológica. Nada dos tons vibrantes, explosões em série ou piadas pontuais que marcaram a última década de produções da Marvel. Em vez disso, os materiais promovem um clima introspectivo e dramático, com foco nas falhas emocionais e conflitos internos dos personagens.
Segundo fontes ligadas à campanha de divulgação, a Marvel quer atrair uma nova audiência, especialmente um público mais maduro e cinéfilo, que nos últimos anos se afastou do gênero por considerar suas histórias repetitivas e previsíveis. O próprio elenco e tom do filme reforçam essa mudança: Thunderbolts* reúne anti-heróis e figuras moralmente ambíguas, como Yelena Belova (Florence Pugh), Bucky Barnes (Sebastian Stan) e Sentry (Lewis Pullman), todos com passados conturbados e cicatrizes psicológicas.
Executivos da Disney indicam que essa nova abordagem está sendo observada com muito cuidado, pois poderá influenciar o futuro de outras produções do MCU. Se bem-sucedido, Thunderbolts* pode marcar uma virada de estilo e posicionamento para o estúdio, que já admite internamente a necessidade de diversificar formatos e narrativas diante do desgaste da fórmula tradicional.
Com aprovação inicial positiva da crítica (o filme já recebeu 88% de avaliação antecipada no Rotten Tomatoes, baseada em exibições de prévia), a expectativa é que o longa inaugure uma nova fase para o universo Marvel: mais ousado, mais emocional — e menos previsível.